Lontra-marinha

Biologia

A lontra-marinha está muito bem adaptada à vida no mar e, ao contrário da maioria dos mamíferos marinhos, não tem uma camada de gordura espessa debaixo da pele que a isole do frio. No entanto, é o animal com mais pelo do planeta, com cerca de 155.000 pelos por centímetro quadrado. Passa grande parte do dia a tratar do pelo, espalhando uma gordura que prende as bolhas de ar, o que a mantem seca e protegida do frio. Tem também um metabolismo muito acelerado (para manter a temperatura) e por isso precisa de comer, todos os dias, o equivalente a 30 por cento do seu peso, o mesmo que um humano adulto comer 100 hambúrgueres por dia. Este mamífero pode passar a vida na água, inclusive durante a reprodução e a gestação, de seis meses, que pode ser prolongada se as condições ambientais não forem favoráveis.

Conservação

Durante séculos o comércio de peles foi o pior inimigo desta espécie, levando-a quase à extinção. Em 1911, começou a ser protegida por um tratado internacional que tem permitido a recuperação da espécie. No entanto, o derrame do navio petrolífero Exxon Valdez no Alasca levou à morte de centenas de lontras-marinhas. Hoje é uma espécie protegida nos EUA e no Canadá, onde já se conseguiram reintroduzir na natureza vários indivíduos.

Curiosidades

A lontra-marinha é o mamífero mais pequeno e o mais recente no oceano, onde vive há apenas cerca de cinco milhões de anos. É o único mamífero marinho que ainda apresenta características de animais terrestres: patas dianteiras como o cão, dentição de carnívoro, orelhas e até sobrancelhas. Utiliza ferramentas, conseguindo partir conchas com pedras.