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Quem financiamos

Angola Elasmo Project

2021 - Em curso

O projeto «Angola Elasmo Project», apoiado pelo Oceanário de Lisboa pela primeira vez no final de 2021, pretende avaliar o impacto da pesca artesanal e semi-industrial na abundância e diversidade de elasmobrânquios em Angola. Com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre os tubarões e raias em Angola e iniciar a sua proteção, o projeto tem os seguintes pontos como objetivos principais:

1) Identificar e descrever a extensão geográfica, tamanho e espécies alvo da pesca artesanal e semi-industrial, realizando entrevistas com os pescadores e partes interessadas;
2) Recolher dados biológicos sobre os desembarques de espécies de tubarões e raias (identificação morfológica, ADN, tamanho, etc.) para avaliar a abundância e diversidade das espécies desembarcadas e o seu estado de conservação;
3) Identificar e caracterizar o comércio nacional e internacional de elasmobrânquios, através da compreensão da cadeia de distribuição dos produtos, o seu valor e destino;
4) Aumentar a consciencialização sobre as ameaças aos elasmobrânquios a nível local e regional através do envolvimento de várias entidades (escolas, comunidades pesqueiras, etc.);
5) Refletir sobre as perspetivas e tendências das pescas angolanas e considerar as medidas de gestão e conservação que podem ser implementadas;
6) Divulgar os dados científicos recolhidos através de publicações, artigos e participação em conferências internacionais.


Cavalos-marinhos desconhecidos

2019 - Em curso

O projeto “Os cavalos-marinhos desconhecidos: contributo para o aumento do conhecimento para a classificação e conservação do cavalo-marinho em Portugal”, coordenado pela Associação Natureza Portugal em associação com a WWF, pretende aumentar o conhecimento acerca das duas espécies de cavalo-marinho existentes em Portugal. O projeto envolverá a comunidade científica, entidades da sociedade civil e cidadãos com interesse e conhecimento no meio marinho na recolha de informação no terreno, cruzando depois os dados recolhidos com dados existentes. Tal irá permitir perceber e identificar a presença das espécies por todo o país, possibilitando formular recomendações que visem a sua conservação, contribuir para a sua classificação e simultaneamente sensibilizar não apenas as entidades e indivíduos que diretamente lidam com estes animais, mas também o grande público para a importância destas espécies e dos ecossistemas onde habitam. O projeto desenvolver-se-á de modo a permitir que os cidadãos e entidades diversas possam continuar a contribuir para uma monitorização continuada das populações dos cavalos-marinhos mas também aumentar a área de avaliação, possibilitando uma maior capacidade de proteger estas espécies bem como o ecossistema que habitam.

Rebreath

2018 - Em curso

O projeto “Rebreath: Recifes intertidais, berçários em regiões temperadas”, coordenado pelo MARE/ISPA-IU, pretende monitorizar o efeito das alterações climáticas sobre as comunidades de peixes e invertebrados juvenis de águas temperadas do intertidal rochoso (zonas entremarés). O projeto já existe desde 2009 e contempla recolhas quinzenais de dados numa zona recentemente classificada com Área Marinha Protegida (Avencas-AMPA).

O Oceanário de Lisboa, no âmbito da sua missão, apoia financeiramente este projeto. Este apoio permitirá continuar a avaliar as comunidades de peixes e a recolha de dados científicos, de forma a terminar o 10º ano de monitorização quinzenal de peixes e invertebrados não residentes na área de estudo; expandir o trabalho de campo para a zona subtidal (zona sempre submersa) de forma a avaliar as alterações nestas comunidades; sequenciar o DNA em laboratório para identificação de espécies e desenvolvimento de uma app para utilização dos investigadores, a fim de poupar tempo e reduzir a margem de erro nos registos de dados no campo.

Os resultados deste projeto, a somar aos já obtidos nos últimos nove anos, podem representar um importante contributo para a conservação das comunidades costeiras locais, com especial incidência na AMPA.

Angelshark Project

2017 - 2021

Photo Squatina squatina © Michael Sealey

O tubarão-anjo, Squatina squatina, outrora amplamente distribuído no Nordeste Atlântico e Mediterrâneo, ocorre atualmente apenas nas Ilhas Canárias.

O facto de preferir águas costeiras torna-o especialmente vulnerável à sobrepesca e destruição de habitat. Estes fatores, somados às suas características biológicas (atinge grande dimensão, possui um corpo achatado dorso-ventralmente e apresenta baixa fecundidade) fizeram com que, atualmente, se encontre entre as espécies mais ameaçadas em águas Europeias, considerado como “Criticamente em Perigo” pela IUCN.

O “Angelshark Project”, desenvolvido nas Ilhas Canárias desde 2014, resulta da parceria colaborativa entre a Zoological Society of London (ZSL), Universidad de Las Palmas de Grand Canaria (ULPGC) e o Zoological Research Museum Alexander Koenig (ZFMK) e pretende, entre várias iniciativas, obter dados acerca da ecologia desta espécie, visando a sua conservação.

O Oceanário de Lisboa, no âmbito da sua missão, apoia financeiramente este projeto. Este apoio permitirá desenvolver uma metodologia de marcação eletrónica externa de indivíduos (possibilitando a recolha de dados de comportamento e uso de habitat e residência a longo prazo) e, também, analisar dados de avistamentos de indivíduos, avaliando distribuição e abundância de indivíduos ao longo do tempo e de acordo com a época do ano, através de uma análise detalhada. Os dados obtidos podem vir a revelar-se fundamentais na conservação desta espécie em termos locais, podendo posteriormente ser usados na implementação de medidas de conservação ao longo da sua zona de distribuição geográfica.

Manta Catalog Azores

2017 - Em curso

O projeto “Manta Catalog Azores”, do Okeanos Centro I&D da Universidade dos Açores, tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre a presença de Mantas e Mobulas nos Açores e no Atlântico este. O projeto pretende perceber a importância dos habitats nos Açores como Essential Fish Habitats (EFH)* para as populações das espécies Mobula tarapacana e Manta birostris, uma vez que, nesta região, não existe muita informação sobre as mesmas.

Tendo em conta a natureza altamente migratória e a vulnerabilidade destas espécies (estatuto de conservação “Vulnerável”, segundo o IUCN), é fundamental compreender a sua ecologia, biologia e comportamento, para aplicar medidas de gestão e conservação equilibradas, ao nível local e global.

Este projeto tem realizado foto-identificação de indivíduos e obtido informação sobre estas espécies, através de estações de vídeo remotas nos locais de agregação e, ainda, através da colaboração dos centros de mergulho da região.

As comunidades locais participarão diretamente neste projeto, através da sua componente de Citizen Science na qual, tanto os operadores turísticos da região como os pescadores locais, reportarão avistamentos, dados de abundância e imagens.

O Oceanário de Lisboa, no âmbito da sua missão, apoia financeiramente este projeto, permitindo a realização de análises para o mapeamento genético das populações, recolha de dados biológicos no campo e desenvolvimento de material diverso para ações de sensibilização e divulgação do projeto.

Este tipo de estudos genéticos nunca foi feito para a espécie Mobula tarapacana em nenhum local do globo, nem para a espécie Manta birostris no Atlântico norte. Os resultados deste estudo podem, assim, ter um enorme impacto na conservação destas espécies no futuro, ao desvendar informação até então desconhecida.

*Essential Fish Habitats (EFH)*: águas e substratos que assegurem as condições necessárias para a desova, reprodução, alimentação ou crescimento dos peixes até à maturidade.

Fly with Bull Rays

2017 - Em curso

O ratão-bispo, Aetomylaeus bovinus, está classificado, segundo o IUCN, como “Criticamente em perigo” na Europa e Mediterrâneo e, a nível global, como “Informação insuficiente”.

O projeto “Fly with Bull Rays”, do IMAR (Institute of Marine Research, Azores), pretende realizar a monitorização da população de ratões-bispo, através de foto-identificação dos indivíduos, permitindo, assim, o aumento do conhecimento sobre esta espécie nas suas regiões de ocorrência geográfica (Mediterrâneo, Macaronésia (com exeção dos Açores, onde não ocorre), costa Oeste Africana e parte da costa Este Africana (até Moçambique)), nomeadamente sobre a sua distribuição concreta, abundância, comportamentos e modos de vida.

O projeto possibilitará também a criação de um website que incorpore uma base de dados sobre a espécie e que permita o upload de fotografias destes animais no meio natural, por parte dos cidadãos. Fornecerá aconselhamento científico e equipamento a ONG’s, para que, nos locais de estudo, possam desenvolver campanhas de recolha de dados e contribuir para o aumento da consciencialização do público em geral sobre a vulnerabilidade e importância desta espécie.

O Oceanário de Lisboa, no âmbito da sua missão, apoia financeiramente este projeto, permitindo a aquisição de equipamento necessário ao trabalho de amostragem no campo, bem como a comunicação inerente ao mesmo. Uma vez que o Oceanário de Lisboa é uma das poucas instituições a nível mundial onde é possível observar ratões-bispo, irá também recolher e partilhar dados biométricos e fotografias dos indivíduos mantidos.

Octoparque | O polvo no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha

2016 - Em curso

O polvo é dos mais valiosos recursos pesqueiros em Portugal e a principal espécie alvo da frota licenciada no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha. Apesar da sua importância nacional, a gestão pesqueira do polvo é limitada a medidas técnicas com cumprimento e fiscalização deficientes. No caso do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, o elevado número de covos permanentemente depositados nas áreas de proteção complementar e parcial cria conflito espacial com outras artes (e.g. redes de tresmalho) e outras atividades (e.g. mergulho) e diminui a eficácia das medidas de conservação propostas. Neste projeto, procura-se ensaiar medidas mais eficazes na gestão da pesca do polvo usadas com sucesso na Galiza (Espanha). Pretende-se também aumentar o conhecimento sobre o crescimento, os movimentos, o comportamento alimentar do polvo e a sua interação com as artes de pesca, e a sobrevivência de polvos pequenos após marcação e reintrodução.

Este projeto resulta de uma parceria entre o Oceanário de Lisboa, o Instituto Português do Mar e Atmosfera e o Instituto da Conservação da Natureza e da Florestas.
O Oceanário financia o OCTOPARQUE e participa na manutenção e marcação experimental dos polvos e no apoio às campanhas in situ.

FAITAG | Fish and aquatic invertebrate taxon advisory group

2015 - Em curso

Uma das dificuldades na gestão de populações de espécies aquáticas prende-se com a informação sobre a genética dos indivíduos como, por exemplo, a confirmação da paternidade dos indivíduos que nascem em ambiente controlado como nos aquários públicos, a origem dos fundadores da população, o seu grau de parentesco e a confirmação de que todos os indivíduos da população pertencem à mesma espécie.

O “Fish and Aquatic Invertebrate Taxon Advisory Group” (FAITAG), é um grupo criado por membros da “European Association of Zoos and Aquaria” (EAZA) e da “European Union of Aquarium Curators” (EUAC), que gere um fundo genético europeu, no âmbito de programas de reprodução de espécies ameaçadas desenvolvidos pelos aquários públicos europeus. O Oceanário de Lisboa financia um fundo para análises genéticas, no âmbito do FAITAG. O objetivo deste projeto é a realização de estudos de genética em espécies cuja informação é deficiente, seja pelo estatuto de conservação da espécie em causa ou pelas características da população.

Programas de conservação de tartarugas em São Tomé e Príncipe

2013 - Em curso

As tartarugas marinhas nasceram para ficar. Com uma armadura única, nadam nos oceanos desde o tempo dos dinossauros. Durante séculos foram procuradas pelos seus ovos, carne, gordura, pele e carapaça, o que levou ao declínio de várias populações. Atualmente, com o rápido crescimento da população humana, surgiram novas ameaças que põem em perigo a sua sobrevivência. A poluição, a pesca acessória, o desenvolvimento costeiro, as alterações climáticas e o comércio ilegal colocam as tartarugas marinhas entre as espécies mais ameaçadas do planeta sendo urgente sensibilizar para a sua conservação.

O Oceanário assume um papel ativo, financiando e apoiando um programa de conservação desenvolvido em São Tomé e Príncipe, pela Associação Programa Tatô. Saiba mais sobre o projeto aqui.  



O principal objetivo do Programa Tatô é o de melhorar o estado de conservação das populações de tartarugas marinhas e promover uma gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros.

Considerando os desafios que a conservação das tartarugas marinhas enfrenta, adotamos uma abordagem integrada essencial para melhorar a proteção e a gestão sustentável dos principais habitats das tartarugas marinhas (praias de nidificação e áreas de alimentação no mar), através do envolvimento dos principais intervenientes nacionais na conservação e de jovens biólogos e conservacionistas em início de carreira nas atividades do Programa Tatô, do reforço de capacidades, mas também através do desenvolvimento de meios de subsistência alternativos ligados à valorização do não-consumo de tartarugas marinhas e do aumento da conscientização das comunidades costeiras.

Relatório anual do projeto 2015 | 2016
Relatório anual do projeto 2017 | 2018

Projeto Piaba

2015 - 2017

O Oceanário de Lisboa apoia financeiramente o projeto PIABA, na região do rio Negro (Amazónia, Brasil), cuja missão é promover a sustentabilidade ambiental e social na captura e comercialização de peixes ornamentais. Ao promover esta indústria o projeto contribui para a conservação das florestas tropicais da Amazónia, através dos seus habitantes, incluindo um grande número de tribos. Este apoio possibilita a formação e treino das comunidades locais, gerando benefícios e uma cultura de boas-práticas ambientais diversas.

40.000 pessoas são impactadas nas comunidades ribeirinhas da Amazónia onde o comércio de peixes ornamentais é a principal fonte de subsistência.
1.000 famílias chamadas "Piaberos" pescam ao longo do rio Negro capturando os peixes à mão, com calma e delicadeza. Os peixes não desejados são libertados instantaneamente após a captura.





Shark-tag

2012 - 2016

Photo Sphyrna zygaena © Andy Murch / SeaPics.com

O projeto SHARK-TAG, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as migrações e a utilização de habitat do tubarão-martelo-liso (Sphyrna zygaena), recorrendo à marcação de exemplares em várias regiões do Oceano Atlântico.
Este tubarão é uma espécie semipelágica, com distribuição global em zonas temperadas e tropicais. É um dos maiores tubarões-martelo, ocorre em zonas costeiras e em águas abertas, sendo particularmente suscetível à sobrepesca, com alguns estudos a apontar para um declínio das populações desta espécie, na ordem dos 80%.

O Oceanário de Lisboa, no âmbito da sua missão, apoia financeiramente este projeto por se tratar de uma das espécies menos estudadas do género Sphyrna, sendo urgente aprofundar conhecimento para a implementação de medidas de conservação.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza esta espécie é considerada "vulnerável", contudo, este mesmo organismo solicitou a submissão de mais informação sobre esta espécie por considerar a informação atual desatualizada. Os resultados deste estudo que recorre à telemetria via satélite, irão complementar os resultados de outros estudos na área da biologia e genética da população de tubarão-martelo-liso no Atlântico.

Relatório de progresso do projeto | junho 2015
Relatório de progresso do projeto | fevereiro 2017

Comportamento, interações predador-presa e interação com a pesca do peixe-lua, Mola Mola

2012

Os peixes-lua passam muito tempo à superfície, ao sabor das correntes. Por esta razão, são facilmente capturados por redes derivantes e são vítimas da pesca dirigida a outras espécies, a chamada pesca acessória.

Este projeto tem como principal objetivo aprofundar o conhecimento sobre as migrações, o comportamento e a utilização de habitat desta espécie, através da colocação de transmissores GPS com o objetivo de seguir o percurso dos peixes-lua marcados. Paralelamente às marcações são realizadas colheitas de plâncton e a amostragem de indivíduos capturados em operações de pesca para a análise de isótopos estáveis. Com esta informação espera-se, não só, a determinação do principal tipo de presa do peixe- lua, assim como a identificação de possíveis áreas de alimentação. Para se prever as respostas da espécie a pressões externas como alterações climáticas ou atividades pesqueiras, as campanhas realizadas são um passo importante para uma melhor compreensão da ecologia desta espécie tão carismática e obter mais informação para ser possível propor medidas para a sua conservação.

O projeto "Comportamento, interações predador-presa e interação com a pesca do peixe-lua, Mola mola" do CIBIO da Universidade do Porto, do Marine Biological Association of the United Kingdom e da Universidade de Southampton - UK, conta com o financiamento do Oceanário de Lisboa.
O Oceanário apoia também este projeto na área da medicina da conservação.

No dia 9 de maio de 2013, no decorrer de uma campanha, no Sul de Portugal mais precisamente em Olhão, foi feita a marcação de um peixe-lua que tinha 1,4 metros de largura.
O percurso foi representado desde o dia em que foi marcado, ponto (branco), até setembro, altura em que se encontrava no Mediterrâneo.

Ver representação do percurso no mapa.

Adopte uma pradaria marinha

2010 - 2011

Na Europa, as pradarias marinhas estão classificadas como ecossistemas ameaçados e em declínio.

O projeto "Adopte uma pradaria marinha", do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, finalizado em 2011, teve como objetivo a criação de várias plataformas que permitissem sensibilizar os cidadãos e entidades decisoras para a degradação destes ecossistemas, bem como criar oportunidades de envolvimento na monitorização e proteção destas áreas. Formadas por plantas (macrófitas) pertencentes a espécies em estrita proteção (Anexo I da Convenção de Berna), como a Zostera noltii, a Zostera marina e a Cymodocea nodosa, as pradarias marinhas, na Europa, estão classificadas como ecossistemas ameaçados e em declínio, pela Convenção de OSPAR (Organização para a Proteção do Ambiente Marinho do Atlântico Norte).

A longo prazo, este projeto foi o primeiro passo para o desenvolvimento de um plano de gestão e de conservação de pradarias marinhas em Portugal, invertendo o seu cenário de degradação.

Relatório final do projeto "Adopte uma Pradaria Marinha"

 

Distribuição e estratégia de colonização da lampreia-de-rio

2009 - 2011

Este estudo, resultado de uma parceria da Universidade de Évora e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Instituto de Oceanografia), teve como objetivo principal aprofundar o conhecimento sobre a migração reprodutora de uma das espécies mais ameaçadas em Portugal, a lampreia-de-rio.

Ao longo de três anos de projeto foi possível identificar os principais constrangimentos à sua sobrevivência na única bacia hidrográfica onde foi confirmada a sua presença, a bacia do rio Tejo.

Relatório final do projeto

Proteção e gestão integrada de tartarugas marinhas em Cabo Verde e programa SADA na ilha do Príncipe

2007 - 2010

O projeto de proteção e gestão integrada de tartarugas marinhas começou a ser implementado numa vila piscatória do Concelho de São Domingos, Ilha de Santiago, em Cabo Verde, em 2007.

Em 2009, um projeto muito semelhante foi lançado na Ilha do Príncipe, República de São Tomé e Príncipe, onde passou a ser conhecido por Programa SADA. Em Cabo Verde encontra-se a maior população atlântica de tartaruga-comum (Caretta caretta) e surgem ocasionalmente juvenis de outras espécies como a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Surgem ainda, pontualmente, exemplares da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e tartaruga-olivácea (Lepidochelys olivacea).
A Ilha do Príncipe, por sua vez, acolhe a última população reprodutora da costa atlântica de África da tartaruga-de-pente, localmente chamada tartaruga-de-escamas-levantadas (Eretmochelys imbricata). Segundo o IUCN (International Union for Conservation of Nature), esta espécie encontra-se "criticamente em perigo", estimando-se que existam na ilha do Príncipe apenas cerca de 100 a 120 fêmeas adultas reprodutoras. Ocasionalmente surgem ainda, nesta ilha, juvenis e adultos de tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), representando populações significativas na região.

Estes projetos, desenvolvidos pela Universidade do Algarve, pretendem, através de duas componentes, contribuir para a conservação das várias espécies de tartarugas marinhas que ainda ocorrem nestes países. A primeira componente, de ação social, procura sensibilizar as populações locais e criar alternativas que assegurem a subsistência destas populações, como o ecoturismo ou o "turtle watching".  A segunda, de cariz conservacionista, tem como objetivo assegurar a conservação destas espécies ameaçadas, garantindo as condições necessárias à sua nidificação, à viabilidade das posturas e à sobrevivência dos adultos, especialmente das fêmeas reprodutoras. 

Relatório do programa de proteção e gestão integrada de tartarugas marinhas em Cabo Verde
Relatório do programa SADA na ilha do Príncipe
Reportagem | Tartarugas Marinhas | Portugal Dive

Margov

2008 - 2011

O projeto MarGov, da Universidade Nova de Lisboa (IMAR), decorreu entre 2008 e 2011 com o objetivo de construir de forma colaborativa, com os atores sociais e institucionais, um Modelo de Governância para a cogestão do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha (Serra da Arrábida).

Apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Oceanário de Lisboa, o modelo de gestão participada para esta área marinha envolveu as comunidades locais, entidades públicas e privadas e a comunidade científica, com o objetivo de se tornar aplicável a uma rede de áreas marinhas protegidas (AMP) da costa continental portuguesa.

Relatório final do projeto "MarGov"

Enguia-limpa

2008

Teve como objetivo contribuir para a elaboração do plano de gestão da enguia-europeia e para o esforço que está a ser feito a nível internacional na preservação deste recurso europeu.

Este estudo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Instituto de Oceanografia), considerou que a quantificação do impacto causado pelo parasitismo e pela contaminação por metais pesados nesta espécie, aspetos importantes no declínio global da enguia-europeia, é fundamental para o cumprimento do objetivo da sua conservação.

Relatório final do projeto "Enguia LIMPA"