Choco-comum

Biologia

O choco pode medir até 50 centímetros e viver a uma profundidade máxima de 200 metros. Durante o dia, o choco permanece enterrado em fundos de areia e só se torna ativo ao anoitecer. Apesar do seu aspeto inofensivo, é um predador astuto e eficiente. Graças à capacidade de mudar de cor, aproxima-se das suas presas (moluscos, crustáceos e peixes) sorrateiro e impercetível. Depois, captura-as com dois tentáculos modificados para este efeito e que se projetam rapidamente. O seu bico forte corta a presa, ao mesmo tempo que lhe é injetada uma toxina paralisante. Para se defender dos predadores expele uma tinta preta que os confunde e lhe dá tempo para escapar. Durante a época reprodutiva, os machos cobrem-se de um vistoso padrão zebrado e modificam um dos tentáculos para fecundar a fêmea, que fixa, depois, os cachos de ovos pretos a algas.

Conservação

O choco-comum é uma espécie com um elevado interesse para a pesca comercial, em especial no mar Mediterrâneo e ao largo da costa ocidental de África, podendo estar perto da sobre-exploração em algumas regiões (por exemplo, no mar Mediterrâneo). É também vítima de capturas acidentais.

Curiosidades

O sangue dos chocos é verde-azulado devido à proteína hemocianina, que nos cefalópodes substitui a hemoglobina, que lhe confere essa cor. Têm três corações separados, pois a hemocianina transporta menos oxigénio que a hemoglobina.